Contando com um índice anual de mais de 150 mil casos somente no Brasil, o câncer de bexiga tem sua incidência maior em idosos. Quando descoberto em seus estágios iniciais, o esse tipo de câncer, também conhecido como carcinoma urotelial ou carcinoma das células transicionais, responde muito bem ao tratamento clínico e cirúrgico.
Porém, infelizmente, esse é um dos tipos de câncer com mais números de reincidência e, por isso, mesmo após a cura total, um acompanhamento rigoroso é necessário.
Tipos de câncer de bexiga
Grande parte dos cânceres de bexiga tem início nas células que revestem a bexiga internamente.
Os tipos de cânceres de bexiga são:
Carcinoma Urotelial
São subcategorizados em não invasivos (concentrados na camada interna das células transicionais) e invasivos (que invadiram as camadas mais profundas. Os invasivos são mais propensos à metástase e são mais difíceis de serem tratados).
Esse tipo de câncer ainda pode ser de dois tipos:
Carcinomas Papilares – que se desenvolvem em direção ao centro da bexiga; e
Carcinomas Planos – se desenvolvem apenas na camada de revestimento interno da bexiga.
Carcinoma das Células Escamosas
Esse é um tipo menos comum de câncer de bexiga, porém é considerado um tipo invasivo de câncer. Quando acometidas por esse carcinoma, as células escamosas se encontram planas.
Adenocarcinoma – tipo mais raro de câncer de bexiga. É considerado invasivo.
Carcinoma de Pequenas Células – outro tipo menos comum de câncer de bexiga, ele tem início nas células neuroendócrinas.
Sarcoma – esse tipo de câncer de bexiga tem início nas células do músculo da bexiga, porém é um tipo bem raro de câncer.
Causas e fatores de risco do câncer de bexiga
Os especialistas ainda não conseguiram decifrar o que leva uma pessoa a desenvolver o câncer de bexiga. Entretanto, há alguns fatores de risco que podem contribuir e até facilitar o surgimento da afecção. São eles:
Tabagismo;
Idade avançada;
Infecções de bexiga causadas por parasitas;
Inflamações crônicas na bexiga;
Histórico familiar;
Radiação, entre outros.
As maiores incidências do câncer de bexiga acontecem em caucasianos e em homens acima dos 40 anos.
Principais sinais e sintomas do câncer de bexiga
Um dos primeiros sinais a surgir é a presença de sangue na urina (hematúria). A urina muitas vezes apresenta uma coloração mais avermelhada. Entretanto, mesmo apresentando a coloração normal, o sangue na urina pode ser detectado em exames laboratoriais.
Outros sintomas que podem sugerir que é preciso consultar um urologista são:
Dificuldade em segurar a urina (incontinência);
Dor ao urinar, dor pélvica e dor nas costas constantes;
Fadiga excessiva; e,
Perda de peso.
O urologista fará uma anamnese completa e colherá dados para corroborar com sua suspeita. Exames laboratoriais e de imagem também serão solicitados para que o diagnóstico possa ser fechado e o tratamento iniciado imediatamente.
Tratamento para o câncer de bexiga
O tratamento vai depender do estágio em que o câncer se encontra. Nos estágios iniciais são realizadas cirurgias endoscópicas para remover somente o tumor. Além disso, o urologista poderá indicar a quimioterapia diretamente na bexiga como complemento à cirurgia.
Os casos mais graves exigem a retirada de parte ou total da bexiga, seguido de sessões de quimioterapia e radioterapia. Nos casos em que o tumor seja grande, poderá haver a necessidade de sessões de quimioterapia para que ele diminua antes da realização da cirurgia.
Em todos os casos, após a cirurgia, será necessário um acompanhamento rigoroso para identificar possíveis complicações ou tomar medidas preventivas para que a reincidência não aconteça.
Médico Urologista
Médico Urologista em Porto Alegre.
Atendimento em Porto Alegre e região.